3.28.2007

Conjunto de estereótipos

No passado fim de semana, um grupo de homens portugueses meteu um par de dias de férias, viajou sem as mulheres para a América do Sul, organizou uma jogatana com os locais para andar à porrada, apanhou uma valente bebedeira, andou novamente à porrada e alguns deles acabaram na esquadra.
Não satisfeitos, combinaram repetir o prato lá para Setembro…

Eu tiro-lhes o chapéu e apresento-lhes os meus sinceros parabéns!

ACR

PS – Até podemos levar uma coça da Nova Zelândia, mas queria vê-los a levantar canecas de cerveja como nós… uii, algo me diz que levavam uma tareia!

3.26.2007

E por citações (e grandes portugueses)

(...)
- Um acidente, Senhor Almirante. As vossas tropas encontraram na noite lisboeta o mais radical vírus que existe à face da terra, o mais implacável e mais invencível. O produto mais acabado do génio português, a verdadeira quinta-essência, o ADN de Viriato que persistiu na longa duração histórica: o chulo.
(...)
- É um produto genético muito especial, Senhor Almirante. Praticamente existe em todo o mundo, mas em Portugal depurou-se. Tem sido objecto de teses cientificas esta depuração. Uns pensam que é do clima, outros admitem que entrou em fase de aperfeiçoamento autónomo graças aos investimentos do Fundo Social Europeu.
(...)
- Uma espécie rara, Senhor Almirante. Vive da treta. Odeia o trabalho e vive da treta. Uma língua alcoolizada, uma imaginação prodigiosa, uma capacidade excepcional para a preguiça e, apesar de profundamente ignorante, fala todas as línguas que o engenho exija e disserta sobre qualquer assunto com mais convicção do que um académico letrado.
- Está a falar dos portugueses.
- Não. Estou a falar dos portugueses refinados. O verdadeiro chulo adora mulheres, sobretudo para lhe passar a roupa e apertar os cordões dos sapatos, anseia por uma boa briga, pela-se pela intrigalhada, embebeda-se diariamente, nunca trabalha, aliás odeia quem trabalha, e é o rei da inveja. A inveja é um pecado português, sabia? É o nosso destino. O mais ordinário, o mais rasteiro dos pecados haveria logo de ser português. O chulo é o seu mais fiel intérprete. (...)
- Se é essa a ideia que tem do seu país, o que acha que devemos fazer?
- Fechá-lo.
- Perdão?
- Fechá-lo como se fecha qualquer baú rico em memórias, mas sem proveito para construir o presente. Fechá-lo e guardá-lo como um relicário. Não temos pedaços da cruz de Cristo, mas ainda restam alguns pedaços das naus das Índias e as chuteiras do Eusébio. Afinal, as únicas coisas que nos restam dos sonhos.



in MOITA FLORES, Francisco; não há lugar para divorciadas; 2003




LM

Tenho andado por aí...

Punta Cana - Playa Bávaro


LM

3.23.2007

AVISO

Procuram-se:

A direcção do Blog Que Se Quer emite o seguinte comunicado.
Desapareceram de suas casas, há cerca de 15 dias os Srs. KN e LM. Vestiam roupas alegres e leves típicas de quem busca uns raios de sol e se encontra em claro estado de decalage laboral, fazendo-se acompanhar de malas de viagem. Os sujeitos são pacíficos, embora iníquos!

O Blog Que Se Quer solicita a quem possa ter qualquer informação sobre o paradeiro dos acima mencionados o favor de entrar em contacto com a PSP ou com a própria direcção do blog.

Obrigado

ACR

3.22.2007

Piada gasta

É impressão minha ou desde que Paulo Portas anunciou a sua candidatura à liderança do CDS/PP o partido começou a assemelhar-se a uma feira?

ACR

3.06.2007

Onde é que tu vais, pá!?

Alegria, Alegria (Caetano Veloso)
Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase Dezembro
Eu vou!

O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou!

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou!

Por entre fotos e nomes,
Os olhos cheios de cores,
O peito cheio de amores vãos
Eu vou!
Por que não, por que não...

Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço, sem documento,
Eu vou!

Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou!

Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do Brasil

Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou!
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou!
Por que não, por que não...

ACR