3.06.2008

Coisas estúpidas - O Cagão Espacial

Richard Branson, dono da companhia aérea virgin airlines e seguramente o maior cagão da história moderna (é assustador o volume de negócios que lançou e fracassaram, logo seguidos do lançamento de novos negócios, apelidados de fabulosos, até irem por água abaixo) e que se prepara para ser o maior cagão à escala espacial, na sua spaceship 2 (ou qualquer coisa que voe acima dos 90 km de altura e depois caia durante 1 minutos - mesmo que seja vendido como se fosse a primeira viagem à Lua...), deu mais um ar de cagão:

Fez o primeiro vôo da aviação comercial com biocombustível. UAU!

Já se estava a ver o filme, aquele arzinho de explorador modernaço, a sorrir com os dentes amarelos e a levar flashadas na tromba... (O gajo, que não é burro, mandou o avião sem passageiros e foi num avião tradicional..)

Vai-se a ver e afinal no avião de 4 motores, só um é que levava biocombustível.

Vai-se a ver melhor e nesse motor, o que lá ia era uma mistura de 20% de biocombustível e 80% de gasolina para aviões (jetfuel)... ou seja, só 5% do combustível da viagem é que era qualquer coisa semelhente ao óleo 3 Ás Girassol, que, como sabemos, é o melhor para a batata frita palha do bacalhau à brás.

Até o Sr. Ernesto, aqui das bombas da Galp, põe mais mistura na gasosa, para fazer render os litrinhos e nem por isso aparece no Telejornal.

O problema nem é esse. O problema é que apareceu essa mania estúpida dos biocombustíveis e até o nosso governo quer atingir a meta de 10% em 2020, esquecendo-se do impacto brutal ao nível da alimentação a nível mundial.
Desde que se iniciou o bioetanol, extraído de vários cereais, o preço destes já mais que duplicou em pouco mais de ano e meio, os contratos de futuros batem recordes consecutivos e a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) já veio alertar que esse caminho poderá conduzir a um surto de fome à escala mundial ou ao aumento exponencial de preços dos cereais, uma das bases da alimentação.

Para se ter uma ideia, se a frota do cagão espacial (a tal virgin airlines, que nem está no ranking das 20 maiores companhias aéreas do mundo) fosse exclusivamente abastecida por biocombustível, isso implicaria que metade dos solos agrícolas da Grã-Bretanha seria plantada com cereais, em exclusivo, para abastecer a sua companhia aérea...

Imagine-se o que seria isto aplicado a companhias muito maiores. Se acham que a carcaça tá cara, preparem-se para a pagar a 5 ou 10 euros cada.

Já rezo para que o cagão espacial lance a sua carcaça low cost.

KN

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